sexta-feira, 26 de março de 2010

Seduction - Capitulo II

As semanas transcorreram lentamente Rupert e Cecilie se encontravam quase todas as noites. Rupert estava mesmo fascinado por aquela bela jovem de olhos azuis, enquanto Cecilie descobria o quando aquele jovem ator de vinte e poucos anos era apaixonante. Eles conversavam sobre muitas coisas, sendo que o assunto favorito de Rupert era sua paixão por animais, chegou a confessar que mantinha na casa dos pais uma espécie de mini zoológico.

O ritual era o mesmo de sempre, ela o esperava no ponto, comiam na lanchonete, ele a levava para casa e lá se beijavam. A atração entre eles estava tão forte que, nos estúdios, Daniel e Emma estavam notando uma repentina mudança no amigo.

- Parece que seu humor melhorou esses dias, hun! – perguntou Dan curioso. – Que aconteceu viu um passarinho azul?

- Também notei que andas mais sorridente nesses últimos dias Rup. – Emma aproximou-se dos dois rapazes.

- Que é isso? Tribunal da Santa Inquisição? – Rupert perguntou em meio a risos.

– Só queremos saber por que o nosso amigo está tão radiante ultimamente. – Comentou Emma sentando-se entre os garotos. – É pecado isso?

Todos riram do comentário dela. – Até o momento vocês só precisam saber que estou muito feliz. Como nunca estive antes.

- E podemos saber o motivo? – Retrucou Daniel.

- Não agora Dan. Não agora. – Sorriu e levantou-se para ir supostamente ao banheiro, deixando Daniel e Emma quase mortos de curiosidade e criando teorias algumas delas absurdas sobre a aparente felicidade do amigo.

Quando teve certeza de que nem Emma e nem Dan o seguia, Rupert saiu do “banheiro” em direção ao compartimento onde tinha a certeza que ela estava lá e como não tinha sinal de Lilly, provavelmente estaria sozinha.

De fato Cecilie estava sozinha arrumando algumas coisas como copos, talheres, distraída nem notou a aproximação de Rupert que a abraçou por trás, envolvendo-a completamente em seus braços. Ela só não gritou por que reconheceu o gesto.

- Oi. – Ele disse sorrindo e antes que ela pudesse dizer alguma coisa, os lábios dele encostaram-se aos dela de uma forma carinhosa, que a faz arrepiar. Cecilie rapidamente envolveu seus braços no pescoço dele, correspondendo ao beijo com a mesma intensidade. Ficaram assim por alguns segundos que pareciam horas, até que barulho de vozes ecoou pelo ambiente, fazendo-a voltar a si.

- Não tem ninguém aqui. – disse Rupert soltando-a rapidamente e indo até a porta do lugar certificar-se de que não vinha ninguém.

- Mesmo assim! Você ficou maluco?! – Ela o repreendeu.

- Vai dizer que não gostou da surpresa? – disse ele sorrindo, abraçando-a novamente.

- Claro que gostei, mas se pegam a gente Rupert! Não sei o que poderia acontecer. – Sua voz tornou-se mais baixa. – E ainda tem... – A voz dela falhou.

- Cecilie... Já conversamos sobre isso... Prometo que é só ela voltar...

- M... Mas Rupert... – Ele não a deixou continuar, acariciou o rosto dela e voltou a beijá-la. O assunto Marie era um tabu entre eles, ela não perguntava assim como ele não comentava e nem se sentia mal por fazer.

Quando ele a beijava era como se o mundo parasse e nada mais importasse. Era como se os medos que ela sentia fossem retirados do seu coração pouco a pouco, a reação do seu corpo era tão imediata que dava até medo. Rupert por sua vez estava cada dia mais envolvido, Cecilie tinha dado um significado novo a sua vida, que Marie não conseguira. Toda a noite se perguntava em como uma pessoa que surgiu do nada em sua vida poderia significar tanto agora. Estava apaixonado por ela, era fato e sabia que era correspondido com a mesma intensidade.

O beijo se intensificou de tal forma que por um momento Cecilie pensou no que aconteceria caso estivessem sozinhos, em um lugar onde não fossem incomodados, novamente seu corpo lhe traiu e ela teve que unir forças para fazê-lo parar.

- É melhor a gente parar por aqui. – Disse ela recuperando o fôlego. – Alguém pode chegar e... – Nesse exato momento a voz estridente de Lilly ecoou no lugar e ela adentrou no compartimento que poderia ser chamado de “cozinha”

Rapidamente Rupert caiu no chão no se estivesse procurando algo muito importante, enquanto Cecilie continuava limpando os copos.

- Oh céus, o que está acontecendo aqui? – ralhou Lilly olhando diretamente para Cecilie. – Não acredito que você...

- Não, Lilly! – Rupert levantou-se – A culpa foi minha novamente, deixei cair um botão e a Cecilie estava me ajudando a procurar.

Lilly desconfiou um pouco, mais no fim concordou. – Vamos logo Grint, estão te procurando.

- Ok! Obrigado pela ajuda Cecilie. – Ele piscou para ela e saiu acompanhando Lilly.
De alguma forma que não conseguia explicar nem a si mesmo, Cecilie tinha se tornado uma influência positiva na vida de Rupert, até as gravações que ele estava começando a achar muito chatas, tinham agora um novo colorido. Era como se ela tivesse injetado animo em suas veias, ou melhor, que isso, era como se ele tivesse paixão correndo em suas veias. Nunca havia se sentido assim antes, nem mesmo com Marie que sempre amou ou pelo menos julgava amar, era algo muito novo para ele, tudo tão real, tudo tão bom, tudo tão verdadeiro e puro. Sorriu para si mesmo... “Que bom que encontrei você”

Com a moça não era diferente, embora fosse muito cuidadosa com essa coisa de romance. Rupert já tinha citado Marie uma vez ou outra, embora não tenha gostado nenhum pouco, ela o admirava por isso, sempre fora sincero. Cecilie não gostava de ser a outra, mas também não queria perdê-lo, estava muito apaixonada por ele e tinha medo disso. E se quando Marie voltasse simplesmente esquecesse ela? E se ele nunca mais quisesse vê-la? E se de repente ela fosse apenas uma distração? Eram tantos “E se” em sua mente que quase quebrou outro copo, o terceiro aquele dia. Não se permitiu pensar mais em “E se”, não naquele momento, não quando já estava quase na hora de encontrá-lo novamente.

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Fim de mais um capítulo. Esse foi menos, mas eu achei lindo
Espero que gostem e comentarios são sempre bem vindos!

Beijos
#PorraRupert

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